Presos ameaçam com motim contra comida "estragada"
O "Jornal de Notícias" escreve hoje que "quase 100% dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos, que tem cerca de 620 presos, recusaram, ontem, as refeições do almoço e do jantar. Grantem que a comida é pouca e que lhes dão frequentemente peixe podre e outros alimentos em condições degradantes". Segundo o jornal, "os reclusos manterão o "levantamento de rancho", que dizem ser uma espécie de greve de fome, até amanhã e esperam que, na próxima segunda-feira, a situação melhore. Caso contrário, voltam à "greve" e ameaçam com um motim. entretanto, a Direção-Geral de Reiserção e Serviços Prisionais desmentiu "que se tenha verificado qualquer greve de fome" naquela cadeia. Admitiu, no entanto, não terem comparecido ao almoço alguns reclusos e garantiu que "nenhum preso formalizou, nos termos da lei, que se encontrava em greve de fome".
Segundo o jornal, "apesar da Direção-Geral de Reiserção e Serviços Prisionais garantir que "o fornecimento de refeições "é um serviço contratualizado e a qualidade dos alimentos obedece a critérios rigorosos, definidos por médicos e nutricionistas", os reclusos têm uma opinião distinta, afirmando que "a comida é imprópria para pessoas, cheira mal, as batatas vêm cheias de bolor e o peixe vem podre", acusando os responsáveis de "misturar sobras de outras refeições anteriores com as do dia".